quinta-feira, 7 de junho de 2007

Apresentação

Apesar da idade dos metais ter iniciado cerca de 8000 AC, não se pode apontar um fim para este período que mudou radicalmente a civilização, ao colocar termo à idade da pedra. Tudo começou com a exploração do cobre, o primeiro metal a ser transformado pelo ser humano. Rapidamente se fez a descoberta de que o estanho adicionado ao cobre, originava um material mais tenaz e duradouro, criando-se assim a primeira liga, o bronze, que iria dominar a civilização nos 2000 anos seguintes, até ao aparecimento da idade do ferro.

A tecnologia do ser humano primitivo foi-se desenvolvendo e, progressivamente, os metais e as ligas metálicas, transformadas em artefatos cada vez mais sofisticados, foram se tornando marcos da civilização: a fabricação de armas e ferramentas transformou aldeias em cidades, conduziu os povos a guerras pela conquista de territórios ricos em metais. O ouro e a prata, metais nativos e raros, tornaram-se símbolos da riqueza de uma civilização, tendo sido utilizados na fabricação de jóias e moedas como sinal de poder e superioridade.

O ferro, utilizado pela primeira vez no Mediterrâneo oriental, cerca de 1500 AC, somente 900 anos mais tarde deu início à sua era na Europa Ocidental e na China. Rapidamente se descobriu que era possível endurecer o ferro aquecendo-o em contato com o carvão e mergulhando-o ainda quente em água: o aço fez assim a sua primeira aparição. Atualmente, não se pode falar de aço como um único material, já que existem várias ligas de ferro e carbono com uma grande variedade de outras substâncias incorporadas. Uma delas o manganês.

Os metais, foram assim progressivamente extraídos da crosta terrestre, transformados e utilizados de tal forma que nos é impossível pensar no dia a dia sem metais, quer sejam usados na sua forma pura, em ligas ou na constituição de sais. De acordo com as propriedades de cada um destes materiais, os seus usos são incomensuráveis e nas áreas mais diversificadas: na condução de corrente elétrica, em joalheria, na fabricação de utensílios domésticos, de armas, na aeronáutica, na construção civil, como supercondutores, em computadores e na comunicação, nos transportes, em células fotoelétricas, em aplicações biomédicas e cirúrgicas, além de inúmeras outras aplicações.

A importância destes materiais na vida contemporânea que se revela tão grande quanto o era no início da era dos metais, fazem-nos crer que, com o avanço da ciência e da tecnologia, a imensa variedade das ligas desenhadas no intuito de oferecer propriedades para fins cada vez mais específicos, engrossará a lista dos seus usos e aplicações, ratificando-os provavelmente como matéria-prima de procura eterna. Mas seu uso em larga escala, semelhante ao atualmente verificado, acarreta problemas para a humanidade, pois a crescente demanda, derivada do aumento populacional e a evolução na escassez dos recursos naturais, torna premente a necessidade de reciclagem e revalorização daquilo que já foi extraído da natureza, objetivando otimizar seu uso contínuo e minimizar as conseqüências danosas de sua extração frente ao meio ambiente e seus ecossistemas frágeis e complexos, assim como na imensidão da, aparente irrestrita, Amazônia.

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